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Relato sobre o minicurso “Educação e Literatura Indígena pelo Reencantamento do Mundo

Oferecido por Bruno Franques durante a V Semana dos Povos indígenas na UFRR entre os dias 16 e 18 de agosto de 2023.


A maioria dos que participaram são indígenas das etnias Macuxi, Wapichana e WaiWái, professores e acadêmicos do curso de licenciatura do Instituto Insikiran. Foi ótimo ter a oportunidade de refletirmos juntos sobre questões teóricas e práticas tão importantes!

Na dinâmica de abertura cada um fez uma breve apresentação, conforme ia passando o rolo de barbante entre os componentes da roda. Ao final, tivemos uma rede de histórias que formaram uma narrativa entrelaçada, afetiva e coletiva. Um bom início para estimular as reflexões do dia!

Os temas principais foram as perspectivas críticas da “Literatura de Emergência” e o projeto de doutorado “Vozes da Amazônia: Educação, literatura e arte pelo reencantamento do mundo”. Também fizemos uma primeira experiência com produção artesanal de livros.

No segundo dia, elaboramos um esquema sobre o sistema de controle da sociedade ocidental a partir da perspectiva crítica da hegemonia cultural e em seguida utilizamos a ferramenta “Word Café” junto com a metodologia FOFA (ou SWAT) para que todos pudessem contribuir em reflexões sobre os temas: Educação Indígena, Educação Escolar Indígena, Educação Ocidental e as ferramentas de influência proporcionadas pela produção midiática, artística e literária.

Por fim, retomamos as perspectivas da Literatura de Emergência e mergulhamos na prática. Após instruções práticas sobre o processo artesanal, as etapas da editoração e noções básicas de artes gráficas, cada participante confeccionou seu livreto com capa, orelhas e conteúdo. Alguns exercícios de escrita criativa e terapêutica foram propostos como estímulo à criação literária e ao final, tivemos um emocionante momento em que cada um apresentou a sua obra! Teve riso, choro, muita emoção e bastante aprendizado!

Saio fortalecido pela garra desses professores e professoras indígenas que tanto têm para ensinar.

Pelo menos por aqui, estamos imersos no sagrado e o mundo nunca deixou de ser encantado!

Gratidão!



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